Chegou até mim, anteontem, um email assinado por Mário Kosel e Terezinha Vera Kosel, pais de Mário Kosel Filho, 19 anos, que prestava serviço militar em 1968, na cidade de São Paulo e foi brutalmente ASSASSINADO em um atentado à bomba, essa lançada por um automóvel onde estava uma ocupante "especial": a presidenciável Dilma Vana Roussef.
Eu não vivi os anos de chumbo. Provavelmente, se os tivesse vivido, teria sim feito parte da luta pela justiça. Sou guerreira (o que difere e muito de ser guerrilheira), não me adequo a desmandos, tenho sempre o que pensar, já que me considero uma pessoa com uma cultura razoavelmente boa e cujo cérebro me vale a pecha de "rebelde", muitas vezes. Talvez por esse motivo, também opino com consciência e senso de justiça, que embora não sejam infalíveis em mim, foram talhados às custas de educação, observação, leitura e alguma intuição.
Tenho acompanhado a questão da anistia e da vontade de alguns camuflarem a verdade. E, cá pra nós, camulflar a verdade é típico deste país, em todos os tempos. Embora minhas opiniões possam fazer parecer que tenho alguma preferência político-ideológica, digo terminantemente que não, não tenho. É sim absurdo alguém querer negar o passado nojento do país, seja em prol do que for. Jamais encontrarão em mim algo que pareça concordar com a injustiça e até por isso reitero a minha indignação a respeito desta "presidenciável". Na minha humilde percepção, não há nada que qualquer um possa dizer que justifique assassinato. Temos um sem-número de exemplos de resistência na ditadura, todos rebeldes e não-assassinos. Posso inclusive incluir o nosso etílico presidente na lista dos não-matantes, posso citar nossos músicos maravilhosos, artistas, outros políticos e a população comum. Só não posso e não vou deixar de propagar o meu desprezo por essa mulher, que além de guerrilheira, é uma verdadeira vergonha para nós mulheres, que temos a nosso favor o que homem nenhum sequer supõe. Ora, por favor...! Como seria ótimo se algumas de nós, decentes que somos, pudéssemos ter a oportunidade de mostrar ao mundo nosso valor, com ética, moralidade e intuição feminina. Tanto quanto os ditadores, que pretendem abafar um caso "inabafável" e vergonhoso, deixar de enviar massivamente um email dessa gravidade seria igualmente torpe, não acham? Por acaso vocês votariam em algum militar da ditadura para a presidir o seu país? Por acaso não fariam circular um email de igual conteúdo contra o sujeito? Ou se contentariam em não divulgar a verdade, só porque em algum momento de suas existências se identificaram com seus "métodos" e até os justificaram?
De uma coisa sou certa em minha vida... Política não é time de futebol, nem seita religiosa (muito embora alguns ajam como se fosse). Não há como coexistir em qualquer âmbito da vida, dois valores inversamente proporcionais, tais como fé e razão. Onde abunda um, falta o outro, inexoravelmente. Ao contrário de futebol e religião, que contemplam seus "fiés" com a ventura ou a desventura do acaso ou quiçá de Deus, política é a "ciência de governar, dirigir ou administrar nações ou estados; conjunto de princípios" (definição extraída do dicionário Houaiss). Portanto, não basta que tenhamos romantismo e utopias se o objetivo final não for correlacionar ação concreta e valores morais, sem os quais é impossível viver. Na verdade, quase tudo que li e vi até hoje, quando se trata de política, me faz acreditar que qualquer ideologia só é muito bonita no gogó, ou como diz um amigo meu, até a página 29. Penso também que a justiça (valor deturpado e amoral no Brasil) não pode ter dois lados. Não há maleabilidade quando se tem que ser justo, não pode haver, senão não é mais justiça. Jamais me calarei para mostrar o passado indigno de uns e acobertar outros, simplesmente porque julgo a vida de duas maneiras diferentes. Qual vida vale mais? A de um soldado ou a de um rebelde? Quem poderá mensurar a importância maior de um ou de outro? Jamais apontarei armas ou explodirei bombas para viver uma utopia doente, onde se pode matar, tal como fez a ditadura e seu DOI-CODI e tal como fizeram os "bravos" salvadores da pátria.
Será que não estamos confundindo os valores, será que há saída para a violência? Podemos aplaudir os resistentes, que mataram em resposta à ignorância naquela época, mas que agora, justo agora quando se veem no topo do tão sonhado poder "do povo" (do povo?) saqueiam o Brasil na nossa cara e dizem que não sabiam? Que tipo de povo somos nós? Pois eu lhes digo: somos um povinho ordinário e passivo, que aceita a roubalheira e a falta de ética como jantar e ainda arrota a sobremesa. Somos uma fraternidade magnânima do Carnaval e do Futebol. Somos quem assiste ao presidente declarar com todas as letras que a leitura é dispensável, que é filho de analfabetos e por isso é grande! Somos os mais divertidos, mas miseráveis, somos aqueles que aplaudem o populismo e as gracinhas amorais de nosso líder, a troco de um pouco de farinha que nos foi dada para ludibriar a fome de quem sequer tem capacidade de discernimento, pois nos falta educação (escolar e moral). Mas não somos só isso. Somos também aqueles, que como eu, não têm a verve maldita para fazer retóricas semi-analfabetas, mas que vai se equilibrando em meio as falcatruas dessa gente e, sem nenhum tipo de bolsa-esmola, tentou pagar seus estudos e não conseguiu NENHUMA formação acadêmica. Não faço parte do proletariado tão sacralizado pela chefia, não entro no sistema de cotas, nem nas bolsas, nem sou a elite tão alardeada por eles. Sou uma cidadã honesta e guerreira, sou a brasileira da propaganda (que não desiste nunca), só não me peçam que em nome de uma esquerda ensandescida eu me curve às atrocidades, todas devidamente justificadas por ter existido uma direita insana. Quando pararmos de aceitar esmola, quando deixarmos de fechar os olhos para este pacote eleitoreiro que invade o país e lutarmos pela verdade e pela honestidade, talvez deixaremos de escrever, responder e repassar emails e mensagens desse tipo. Mas enquanto Seu Lobo não vem e a mordaça da imprensa não se instala (tal como querem as dilmas, dirceus e lulas de plantão... Engraçado, eu achava que isso era coisa de militar, como médicis, geisels, fidéis e hugos - ironicamente no mesmo balaio podre), usarei sim do único instrumento que possuo para tentar deter essa bandalheira. E, se em mim não morasse esse senso tão grande de retidão que me foi incutido dia-a-dia em minha casa, aí sim quem sabe eu vestisse um fuzil, armasse uma bomba e atirasse em cima desses canalhas, não em nome de algum sonho histérico, mas em nome daqueles que inadvertidamente não desceram o país num pau-de-arara, que não comungam da seita-político-partidária chamada PT e principalmente, explodiria essa gentalha toda, de bom grado. Ia sobrar merda pra todo lado.
Não peço que ninguém compatilhe de meus pensamentos e impressões. Já sou tarimbada na arte de encarar gigantes, não é de hoje. Não temo nada que possa vir, sou humilde o suficiente até para dar a cara pra bater, se errada estiver. Mas a história, meu cérebro pensante e minhas atuais conjecturas só vêm reforçar meu profundo desprezo e desânimo em relação a essa gente. E devíamos temer o porvir mais ainda do que temer o passado. Este não pode ser mudado, pode apenas na melhor das hipóteses ser indenizado. Porque uma ditadura pode-se fazer de vários modos, inclusive dando ares de boa moça e se apresentando de terno e gravata ou até de farda verde. A opressão será sempre opressão e a tirania nunca, mas nunca vai favorecer os menos favorecidos. É ao menos estranho (pra não dizer bizarro), o Brasil ser o país que recebe com honrarias de rei um terrorista iraniano e que asila outros terrorista de outras nacionalidades. Talvez aja aqui na América do Sul (mais aquela ilha nefasta do Caribe chamada Cuba) uma simpatia extra pelo terror. E, na atual conjuntura, seria vil de nossa parte achar que isso é herança da ditadura, pois todos esses países são governados (governados?) por insanos "vermelhos". Nota 10 em teoria marxista, nota dez em roubalheira e nota zero em humanidade. A propósito, viram o que está acontecendo com a "blogueira" cubana, Yoane Sanchéz, que resolveu se expressar num país onde não existe direitos humanos nem liberdade de imprensa (ou qualquer outra liberdade) e foi encurralada e espancada pela corja de Fidelito? Leu também das atrocidades cometidas naquele país, em nome da famosa utopia comunista, tão decadente e inócua? E quanto a Hugo Chavez, o coiote venezuelano com fome de poder e sangue e que impera majestoso devorando seu próprio povo? São estes os pares dos nossos governantes, são estes os "amigos" do Brasil. E nós aqui, travando debates e queimando pestanas, querendo provar que do alto de nossas honestidades e contando com uma decência que é de berço, podemos algo contra eles. Sejam militares, civis, direita, esquerda, não importa. Seremos sempre a "massa de manobra", os que compram a utopia alheia e tentam vendê-la a preço de banana, cheios de romantismo e boas intenções. Não os julguemos por nós, isso seria premiá-los com valores que eles sequer conhecem. Isso seria entregar a alma ao diabo, vendo-o fazer as vezes de Cristo.
Isso combina consoco ou não? É a pergunta que nos devemos fazer. A inversão de valores às vezes faz parte da vida de todos nós, dependendo se estamos míopes da verdade ou não. Mas o certo vai continuar certo, a morte vai continuar morte. Não há relatividade para a decência, seja em que circunstância for. Meter a cabeça no buraco e deixar a bunda de fora não faz do errado, o certo. E o simples fato de alguém ter estado do lado oposto da ditadura, não dá a ele o passaporte para matar. Talvez, se nessa época eu vivesse, estivesse morta também. Mas já que cá estou, vivinha da silva, não quero correr o risco de morrer em vida, mesmo que seja pelas mãos "ensanguentadas de justiça" dos românticos estudantes de ontem. Seria preciso que eu nascesse de novo.
Aqui coloco verdadeiramente minhas idéias. Desculpem-me a crueza das palavras e por deixar transparecer minha amargura descrente quando o assunto é esse. Não pararei enquanto viva estiver. Só sei viver assim e só deixarei de fazê-lo se algum utópico romântico me fizer calar. Até lá, eu vou até o fim.
Não peço que ninguém compatilhe de meus pensamentos e impressões. Já sou tarimbada na arte de encarar gigantes, não é de hoje. Não temo nada que possa vir, sou humilde o suficiente até para dar a cara pra bater, se errada estiver. Mas a história, meu cérebro pensante e minhas atuais conjecturas só vêm reforçar meu profundo desprezo e desânimo em relação a essa gente. E devíamos temer o porvir mais ainda do que temer o passado. Este não pode ser mudado, pode apenas na melhor das hipóteses ser indenizado. Porque uma ditadura pode-se fazer de vários modos, inclusive dando ares de boa moça e se apresentando de terno e gravata ou até de farda verde. A opressão será sempre opressão e a tirania nunca, mas nunca vai favorecer os menos favorecidos. É ao menos estranho (pra não dizer bizarro), o Brasil ser o país que recebe com honrarias de rei um terrorista iraniano e que asila outros terrorista de outras nacionalidades. Talvez aja aqui na América do Sul (mais aquela ilha nefasta do Caribe chamada Cuba) uma simpatia extra pelo terror. E, na atual conjuntura, seria vil de nossa parte achar que isso é herança da ditadura, pois todos esses países são governados (governados?) por insanos "vermelhos". Nota 10 em teoria marxista, nota dez em roubalheira e nota zero em humanidade. A propósito, viram o que está acontecendo com a "blogueira" cubana, Yoane Sanchéz, que resolveu se expressar num país onde não existe direitos humanos nem liberdade de imprensa (ou qualquer outra liberdade) e foi encurralada e espancada pela corja de Fidelito? Leu também das atrocidades cometidas naquele país, em nome da famosa utopia comunista, tão decadente e inócua? E quanto a Hugo Chavez, o coiote venezuelano com fome de poder e sangue e que impera majestoso devorando seu próprio povo? São estes os pares dos nossos governantes, são estes os "amigos" do Brasil. E nós aqui, travando debates e queimando pestanas, querendo provar que do alto de nossas honestidades e contando com uma decência que é de berço, podemos algo contra eles. Sejam militares, civis, direita, esquerda, não importa. Seremos sempre a "massa de manobra", os que compram a utopia alheia e tentam vendê-la a preço de banana, cheios de romantismo e boas intenções. Não os julguemos por nós, isso seria premiá-los com valores que eles sequer conhecem. Isso seria entregar a alma ao diabo, vendo-o fazer as vezes de Cristo.
Isso combina consoco ou não? É a pergunta que nos devemos fazer. A inversão de valores às vezes faz parte da vida de todos nós, dependendo se estamos míopes da verdade ou não. Mas o certo vai continuar certo, a morte vai continuar morte. Não há relatividade para a decência, seja em que circunstância for. Meter a cabeça no buraco e deixar a bunda de fora não faz do errado, o certo. E o simples fato de alguém ter estado do lado oposto da ditadura, não dá a ele o passaporte para matar. Talvez, se nessa época eu vivesse, estivesse morta também. Mas já que cá estou, vivinha da silva, não quero correr o risco de morrer em vida, mesmo que seja pelas mãos "ensanguentadas de justiça" dos românticos estudantes de ontem. Seria preciso que eu nascesse de novo.
Aqui coloco verdadeiramente minhas idéias. Desculpem-me a crueza das palavras e por deixar transparecer minha amargura descrente quando o assunto é esse. Não pararei enquanto viva estiver. Só sei viver assim e só deixarei de fazê-lo se algum utópico romântico me fizer calar. Até lá, eu vou até o fim.